quinta-feira, 20 de maio de 2010

Novas ideias para o abrigo.


Abrigo antifixação. (Esq.): Uma passarela de quadrantes luminosos sensíveis a pressão. Quando um quadrante é acionado, por meio do caminhar, outros quadrantes vizinhos se acendem num movimento de fluidez, semelhante a quando pressionamos visores de cristal líquido.

Abrigo antifrustração de não tocar instrumentos. Aqui, as pegadas funcionam como pedaços de uma bateria, e qualquer um pode fazer um som. Basta pisar.


Intervenção - Abrigo anti-solidão







1. Painel de leds - Forma de interação entre duas ou mais pessoas na qual um painel de leds é utilizado de forma a acender luzes correspondentes à sombra de cada pessoa, projetando aquelas do outro lado do painel, o que permite a interação.

2. Caixa sonora - espaço em formato de caixa equipado com LDRs que captam a movimentação do transeunte que circula em seu interior e transformam tal movimento em som.

3. Medusa - Cobertura em formato de medusa. Tocando na ponta de dois ou mais "braços", o circuito elétrico contido no abrigo se fecha e uma música - ou algum barulho, poesia - começa a tocar.

4. Árvore Virtual - Estrutura semelhante a uma árvore em que a pessoa entra para relaxar e ouvir música. Como passa tempo, essa pessoa tem cordas que podem ser dispostas segundo sua vontade, a fim de imitar cipós ou de fazer desenhos no piso de grade.

Obs.: Todas as ideias são pensadas para que mais de uma pessoa usufrua do abrigo.

1- Abrigo anti-rapidez



Objetivo é chamar a atenção da pessoa para que ela pare no momento do seu dia agitado, por exemplo na calçada da afonso pena, para que espere o sinal,e faça algo interativo para sentir-se melhor. No desenho mostra uma arvore, que tem na ponta de cada um de seus galhos uma direção e um fone de ouvido. Quando a pessoa gira a direção, ela encontrara diferentes sons, alguns de natureza (mar, passaros, rio,...)e outros de algumas pessoas dando depoimento de atropelamento de pedestres.

2-Abrigo da localização e da visão



É um óculos que funciona como um GPS popular enquanto você caminha, de acordo do lugar que você está, você ouve as vozes gravadas de pessoas que trabalham ou moram lá, falando sobre o movimento da rua; o que tem de lazer, cultura, comercio, serviços no local e também ao redor; se é um local seguro, agradável ou não, etc.. As vozes das pessoas seriam de garçonete, mendigo, dono da banca, dono de um restaurante ou uma loja, um passante qualquer, ou estudante de alguma escola ao redor. E esse óculos estaria protejendo os olhos do sol também.

3-Abrigo anti-desmatamento
´


É um abrigo feito para as pessoas não entrarem, só tem aberturas na cabana por onde as árvores saem, e no lado de fora existe uma parte com almofadada para que as pessoas sentam no chão e ao apoiarem as costas na cabana elas fecham um circuito onde são projetadas imagens com o barulho de queimada, serra elétrica, animais correndo do fogo da floresta, etc.. Um dos objetivos é que as pessoas reflitam em baixo da sombra sobre esse assunto de costas para imagem e olhando para a cidade, onde estão as pessoas que ajudam o desmatamento desenfreado.

4-Abrigo anti-rotina





Para esse abrigo há duas possibilidades,a foto da esquerda mostra ele com uma forma fiza, em que as pessoas são chamadas a entrar quando passam por perto e através do LDR ouvem um barulho, e quando elas entram e percorrem o caminho, elas passam no meio das paredes de plástico bolha e ao tocar o plástico, liga alguns dos visores da parede que contém videos de pessoas da rua, falando, dançando, discutindo, andando de skate, etc. E quando a pessoa chega no final no meio do circulo, ela tem a oportunidade de gravar seu próprio video com uma câmera para deixar armazenada lá.
Já a segunda imagem, a da direita, a pessoa n~~ao tem essa possibilidade de gravar seu video, porém as paredes do objeto são todas móveis, então ele pode brincar com a forma do objeto e ver os videos.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Guto Lacaz

Guto Lacaz é arquiteto graduado pela FAU/USP e artista plástico, estendendo seu trabalho pelo desenho, escultura, videoinstalações, eletroperformances, projetos e instrumentos científicos. Sua maior característica é ousar na desconstrução do processo industrial e urbano por meio de suas obras, abusando das ressignificações dos materiais. Percebe-se o interesse do artista em banalizar a tecnocracia.












RG Enigmático
Impressora movida a pedal com carimbos reposicionáveis que reproduzem de forma icônica o RG de cada pessoa que operar a máquina. Cada ícone representa um aspecto da cultura brasileira. Cada pessoa compõe, imprime e leva seu RG enigmático para casa, como uma monotipia.















Emoção artificial V





Periscopio

domingo, 11 de abril de 2010

segunda-feira, 5 de abril de 2010

segunda-feira, 29 de março de 2010

Panorama

Morros na selva de pedra
Prédios na selva de morros.
Aqui onde moro, Santo Antônio ajuda
ajuda descer, ajuda subir.

O embaixador do local,
disse-me assim:
Ter pouco prédio é bobagem
quanto mais, mais trabalho pra mim.

Ele é porteiro.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Performance

Passos; descompassos.

sexta-feira, 19 de março de 2010

terça-feira, 16 de março de 2010

Desenhos - Pequena Thaís


Thaís é uma garota 
que gosta de viajar
se pudesse flanar pelo mundo
Quem sabe onde, amanhã visitar?




Sob cores, colorida
eis a minha impressão
uma garota sorridente
garota que presta atenção

Seu tamanho não é o documento 
baixeza não é sentimento
no tamanho do seu coração.


O percurso

A menor distância entre dois pontos é a reta.



O praticante do Parkour tem a assertiva acima como filosofia de vida, buscando superar quaisquer obstáculos geográficos que se entreponham entre si e seu objetivo, utilizando o próprio corpo como ferramenta.

Inicialmente concebido como técnica militar, o Parkour (doravante PK) atualmente assemelha-se às artes marcias (apesar de ser uma atividade física singular) promovendo o autoconhecimento e aprimoramento mental/corporal e o desenvolvimento de habilidades acrobáticas.

Incorpora elementos da Deriva Situacionista e do Flâneur, pois o praticante do PK é guiado pela busca e experimentação da geografia urbana (e vai além, podendo ser praticado nas paisagens rurais) desconhecendo limites espaciais para ser praticado. Praticar o PK é absorver a cidade de uma forma diferente, especial. Próprio pra quem sabe onde quer chegar e improvisa COMO chegar.

Vídeo - Você se arrisca?

Considerações sobre a Deriva Situacionista

Saí pra caminhar sem direção; eu nunca sei aonde vou parar. Há ruas de que gosto, outras quais não passo por lá. Meu relógio não tem horas. Meus passos não têm escrúpulos.





Assim como o flâneur, definido por Baudelaire como "uma pessoa que anda na cidade, a fim de experimentá-la", a Deriva Situacionista aborda um universo de certa forma concêntrico com a Flânerie, variando apenas no "mot de esprit". Podemos considerar a Deriva como uma espécie de evolução do flâneur, assumindo a cidade "como campo de investigações artísticas e novas possibilidades sensitivas" (JACQUES, Paola 2003).


A Deriva surgiu como proposta do movimento Internacional Situacionista, nascido na França pós-guerra, reflexo da pasmaceira e subserviência francesa à Nova Ordem Mundial. Tem raízes no dadaísmo e surrealismo e propunha uma espécie de jogo urbano, muitas vezes cheio de aventuras.


Espasmo do novo modelo de sociedade globalizada que se desenhava, foi inicialmente constiuído por jovens estudantes, questionando os valores propostos por sua geração antecedente - algo como aconteceu com a música dos anos 80, em resposta ao som já saturado dos anos 60 e 70.


Seu mentor, o francês Guy-Ernest Debord defendia a "construção de situações" pela busca e experimentação, pelo laissez-faire no âmbito dos desejos, tendo a arquitetura urbana como campo de estudos e atuação. Instigava o indivíduo a aventurar-se por caminhos nunca percorridos, como prédios em demolição, telhados, explorando situações inusitadas, tendo a própria cidade como mestre, ditando o próximo passo a ser dado.


Aborda também o conceito da "psicogeografia", ou seja, a influência que a geografica produz na mente do ser, provocando alterações dos estados sensitivos por meio das diferenciações geográficas.


No Brasil, o movimento Situacionista encontrou respaldo nos trabalhos, por exemplo, nos Penetráveis, desenvolvidos por Helio Oiticica.


As lições da Deriva permitiram formular as bases da arquitetura/urbanismo de uma cidade moderna, onde o espaço físico é tão consciente e senciente quanto o ser humano, animal social.

Flash Mobs - eficiência e irreverência.

Uma garota dançando freneticamente na frente do palco enquanto o resto da multidão de duzentas mil pessoas acompanha, estática, o show do Black Eyed Peas, transmitido ao vivo pelo programa da Oprah Winphrey nas ruas de Chicago. De repente um pequeno grupo se junta à mocinha; logo, outro pequeno grupo, perfeitamente sincronizado e mais outro e outro... assim por diante, num dado momento da canção, dançam as duzentas mil pessoas, uma coreografia que foi enviada por email e ensaiada individualmente por cada participante em sua própria casa. A apresentadora fica completamente pasma com o resultado.
Clique aqui pra ver o vídeo
Trata-se de um exemplo em grande escala de uma Flash Mob. Uma mobilização relâmpago, como o próprio nome revela, onde os participantes se reúnem, dão o recado, e se dispersam a seguir.
A história mundial é recheada de mobilizações, a maioria delas, de cunho político e revolucionário (como exemplo temos a tomada da bastilha, as Diretas Já e os cara-pintada).
No século XXI surgiram as Flash Mobs, livres do estigma político, carregadas de bom-humor e não menos interessantes, sob o ponto de vista de fenômeno social.
A ideia de que grupos sociais podem se organizar com velocidade e eficiência pelos meios virtuais, demonstra a grande eficácia de uma rede bem organizada em passar uma mensagem, defender um ponto de vista, gerar entretenimento e chamar a atenção.
Não deixe de conferir os links seguintes, de Flash Mobs bem interessantes.
Flash Mob em um metrô da Bélgica
Flash Mob em São Paulo
Pillow Fight Belo Horizonte - Praça da Liberdade

Considerações sobre o Flâneur

Saí pra caminhar sem direção; eu nunca sei aonde vou parar. Há ruas de que gosto, outras quais não passo por lá. Meu relógio não tem horas. Meus passos não têm escrúpulos.



O Flâneur, tanto o verbo, quanto o ser, é um dos mais simpáticos conceitos das sociedades modernas. Um caminhador despreocupado, um walk-a-holic urbano, que goza a cidade de forma peculiar e de certa forma bizarra aos padrões de rotina costumeiros.
Devemos ressaltar que o flâneur é imparcial. Não se mistura na paisagem. Procura apreender o máximo do momento com o mínimo de participação.


Flanar pela cidade, serve, a quem lhe convém, de inspiração e ensinamento. A infinidade e aleatoriedade de acontecimentos, sensações que experimentamos no flanar, estimula a reflexão e a comparação. A  cidade, como organismo vivo, pode oferecer muitas das respostas que procuramos para nossas indagações pessoais.


A esmagadora maioria de flâneurs habitam as noites e são estreitamente conectados com o "boêmio way of life", uma vez que à noite, a cidade se mostra mais crua e sincera, livre das interferências dos automatismos sociais; apesar disso, é perfeitamente possível que haja uma "flânerie" diurna e vespertina, bastando para isso, que a urbe emita o chamado — e os capazes de ouvir, saberão.

Trilha sonora recomendada:
Pedro Flora - Você não parece se importar